IDENTIDADE E REPRESENTAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE ASUKA LANGLEY

Abstract

o presente artigo busca identificar as conceituações acerca de identidade e representação com uma aplicação voltada à personagem Asuka Langley do anime da década de noventa, Neon Genesis Evangelion, para que, por meio do estudo de teorias voltadas ao estudo social coletivista, ajude-nos a entender como a personagem que, mesmo após duas décadas de sua estreia, ainda seja considerada, dentro da cultura pop, uma heroína forte, icônica e memorável até os tempos atuais. No referencial teórico são utilizados os estudos de Stuart Hall (2016) sobre a questão de identidade, as categorias de sujeitos, seus mapas mentais compartilhados e as questões representativas presentes nas relações linguísticas dentro de uma cultura, assim como também as teorias dos papéis e funções sociais de Castells (2010) e suas ordenações dos diferentes modelos de identidade na qual acabam por influenciar a sociedade no geral. Citações de Bauman (2001) também complementam a análise do tema por meio das ideias apresentadas no livro do autor, Modernidade Líquida. Tais conteúdos tornam-se alicerces essenciais para examinação da personagem e seu desenvolvimento de identidade que é construído dentro da obra. Com o estudo, o objetivo de identificar como a personagem Asuka é representada na série se concretizou por meio de análises de cenas do episódio e interpretações dos tipos de interação entre os personagens, isso enquanto, mediante de assimilações das teorias do autores utilizados, conclui-se em classificar Asuka a um sujeito de cunho pós-moderno, com conflitos paradoxais e crises de identidades oriundas do mesmo. Concluindo, tais elementos corroboram para uma maior credibilidade na representação feminina e por consequência, gerando um maior engajamento para com este público.